quarta-feira, 30 de março de 2011

MALDADE QUOTIDIANA


Num comentário anterior escrevi acerca de um livro do autor dinamarquês, Christian Jungersen, titulado “A Excepção”. Ao longo das suas páginas este livro fala da maldade humana e fá-lo desde duas dimensões diferentes, num primeiro plano estaria a maldade intrínseca da Humanidade e as coisas terríveis que o Homem pode fazer com o seu semelhante, sendo esta dimensão mais geral o tema desenvolvido anteriormente.
Num segundo plano estaria a maldade do quotidiano reflectida nos conflitos pessoais e profissionais que existem entre quatro mulheres na sua esfera laboral.
Considero este livro muito interessante porque esta maldade e os conflitos que se reflectem em “A Excepção”, salvo as devidas distâncias do contexto cultural, organizacional e pessoal, podem ser extrapolados à maioria dos ambientes laborais, incluído o meu, de onde além das consabidas lutas pelo poder e dos diferentes interesses, existem uma série de fenómenos (que hoje em dia cada vez são mais conhecidos e estudados), como o “Mobbing” ou o “Bullying”, que ocasionam muitas vezes profundos danos psicológicos nas pessoas que sofrem este tipo de comportamentos.
Existe uma metáfora para definir o real funcionamento de uma empressa, estabelecendo uma analogia entre um iceberg e a própria empresa, sendo a parte do bloco de gelo que está por cima da superfície o funcionamento formal, a hierarquia de posições, regulamentos internos, normas de funcionamento, etc., conhecidos por todos.

A analogia contínua entre a massa do gelo e a empresa, porque esta parte que é visível em ambos, representam na realidade uma percentagem pequena da superfície real do iceberg e uma percentagem pequena do que realmente se passa na empresa, porque o efectivo funcionamento de uma empresa está profundamente condicionado por uma série de lutas de poder, interesses diversos, atracções, conflitos pessoais, influências, difamações, mentiras e medos que não estão à vista mas que constituem uma força intangível que, em muitas ocasiões, condicionam fortemente o funcionamento da organização e muitas vezes esta força é destrutiva e profundamente prejudicial para a empresa.
Dito de outra forma, o sucesso de uma empresa passa necessariamente por reduzir o impacto negativo desta “parte submergida”.
Na empresa em que eu trabalho, tudo o que foi anteriormente dito se desenvolve de forma exponencial, porque há muitas pessoas que não medem os meios de forma a alcançar os objectivos nestas lutas pelo poder e onde, essencialmente, há uma maioria silenciosa que em teoria estaria nas suas mãos poder mudar isto mas permitem que cada dia as coisas estejam pior.
Num meio laboral ou em qualquer outro onde existe um ambiente de conflitos e um ambiente hostil, chega um momento em que as pessoas não conseguem ver mais além do conflito e as acções praticadas por pessoas que vivem num conflito grave estão destinadas única e exclusivamente a sobreviver neste ambiente adverso.
E eu posso afirmar com muita convicção que, tal como acontece no livro, as pessoas que estão a minha volta e que não são más pessoas são em certas ocasiões extremamente cruéis com outros colegas e, na maioria das situações não têm o mínimo de remorso de consciência porque não têm a mínima noção das consequências dos seus actos, possivelmente resultado de um mecanismo de autodefesa porque tal como escrevi no texto anterior, creio que o Homem tem uma capacidade incrível para autojustificar seus actos, inclusivamente os piores actos possíveis e uma série ilimitada de mecanismos e processos mentais que conseguem que nos adaptemos a qualquer situação.
Agora vem a pergunta fundamental, sou eu uma excepção a isto? Infelizmente e mesmo que faça um esforço considerável por não deixar-me prender por essa “parte submergida” ou cair na tentação de justificar alguns dos meus actos e não ser igual aos outros, é muito difícil ser imune ao veneno que me rodeia e, é importante que se diga, que este veneno já estava quando eu cheguei e não fiz nada para contribuir para esta loucura, aliás eu nunca falo mal de ninguém em público, portanto sou uma vítima deste sistema, não alimento conflitos, nem difamo ninguém e, se em alguma ocasião fiz algo de errado foi para defender-me, pois vos asseguro que eu durmo todos os dias com a consciência tranquila e gostaria muito que isto mudasse mas me parece impossível com o tipo de pessoas que há aqui, porque há pessoas malvadas e ninguém quer fazer nada, e eu não quero ter problemas, não quero ter nada a ver com estas situações, aliás é melhor não meter-me nestes assuntos e, eu não tenho medo de ninguém e digo sempre o que penso, meu discurso é coerente com os meus actos mas aqui o grande problema é que eles são…
Estão a perceber?
                                                                                                          ASTRUV

segunda-feira, 28 de março de 2011

MALDAD COTIDIANA

         En un comentario anterior escribí sobre un libro del autor danés Christian Jungersen titulado “La Excepción”.
 A lo largo de sus paginas este libro habla de la maldad humana y lo hace desde dos dimensiones diferentes, en un primer plano estaría la maldad intrínseca de la humanidad y las cosas terribles que el hombre puede hacer con su semejante, siendo esta dimensión mas general el tema desarrollado anteriormente.
En el segundo plano estaría la maldad de lo cotidiano reflejada en los conflictos personales y profesionales que existen entre cuatro mujeres en su esfera laboral.
Considero este libro muy interesante, porque esta maldad y los conflictos que se reflejan en La Excepción, salvando las debidas distancias del contexto cultural, organizacional y personal pueden ser extrapolados a la mayoría de los ambientes laborales, incluido el mío, donde además de las consabidas luchas por el poder y de los diferentes intereses, existen una serie de fenómenos (que hoy en día cada vez son mas conocidos y estudiados) como el “Mobbing” o el “Bullying” que ocasionan muchas veces profundos daños psicológicos en las personas que sufren este tipo de comportamientos.
Existe una metáfora para definir el real funcionamiento de una empresa, estableciendo una analogía entre un iceberg y la propia empresa, siendo la parte del bloque de hielo que está por encima de la superficie el funcionamiento formal, la jerarquía de posiciones, reglamentos internos, normas de funcionamiento, etc., conocidos por todos.



La comparación continúa entre la masa de hielo y la empresa porque esta parte que es visible en ambos representan en la realidad un porcentaje pequeño, de la superficie real del iceberg y un porcentaje pequeño de lo que realmente pasa en la empresa, porque el efectivo funcionamiento de una empresa está profundamente condicionado por una serie de luchas de poder, intereses diversos, atracciones, conflictos personales, influencias, difamaciones, mentiras e miedos que no están a la vista pero que constituyen una fuerza intangible que en muchas ocasiones condiciona fuertemente el funcionamiento de la organización y muchas veces esta fuerza es destructiva y profundamente perjudicial para la empresa.
O dicho de otra forma el éxito de una empresa pasa necesariamente por reducir el impacto negativo de esta “parte sumergida”.
En la empresa que yo trabajo todo lo anteriormente dicho se desarrolla de forma exponencial, porque hay muchas personas que no miden los medios con tal de alcanzar los objetivos en estas luchas por el poder y donde esencialmente hay una mayoría silenciosa que en teoría estaría en sus manos poder cambiar esto pero permiten que cada día las cosas estén peor.
En un medio laboral o en cualquier otro donde existe un ambiente de conflictos y un ambiente hostil, llega un momento que las personas no consiguen ver mas allá del conflicto y las acciones practicadas por personas que viven en un conflicto grave están destinadas única y exclusivamente a sobrevivir en este ambiente adverso.
Y yo doy fe que tal como acontece en el libro, personas que me rodean y que no son malas personas son en ocasiones extremadamente crueles con otros compañeros y en la mayoría de las situaciones no tienen el mínimo remordimiento de conciencia porque no tienen la mínima noción de las consecuencias de sus actos, posiblemente resultado de un mecanismo de autodefensa, porque tal como escribí en el anterior texto  creo que el hombre tiene una capacidad increíble para auto justificar sus actos, incluso los peores actos posibles y una serie ilimitada de mecanismos y procesos mentales que consiguen que nos adaptemos a cualquier situación.
Ahora viene la pregunta fundamental, ¿soy yo una excepción a esto? Infelizmente y aunque haga un esfuerzo considerable por no dejarme atrapar por esa “parte sumergida” o caer en la tentación de justificar algunos de mis actos y no ser  igual a los  otros, es muy difícil ser inmune al veneno que me rodea y es importante que se diga, que ya estaba cuando yo llegué y no hice nada para contribuir a esta locura, además yo nunca hablo mal de nadie en privado, por tanto soy una victima de este sistema, no alimento conflictos, ni difamo a nadie y si en alguna ocasión hice algo de errado fue para defenderme, además os aseguro que yo duermo todos los días con la conciencia tranquila y me gustaría mucho que esto cambiase pero me parece imposible con el tipo de personas que hay aquí, porque hay personas malvadas y nadie quiere hacer nada, y yo no quiero tener problemas, no quiero tener nada que ver con estas situaciones, además es mejor no meterme en estos asuntos, y yo no tengo miedo de nadie y digo siempre lo que pienso, mi discurso es coherente con mis actos pero aquí el gran problema es que ellos son…
¿Os dais cuenta?
ASTRUV